Buda dizia: "Da mesma forma que as pegadas do elefante são as mais vincadas, a impermanência é a ideia mais importante sobre a qual o um budista deve meditar." A impermanência do macroscópico é evidente aos olhos de todos, mas a reflexão sobre a impermanência subtil tem consequências ainda mais profundas. Os fenómenos trazem em si mesmos, naturalmente, o fermento da sua própria transformação e nenhuma entidade imutável pode existir no universo. É, aliás, esta maleabilidade dos fenomenos e da consciência que permite o processo de transformação que, finalmente, conduz ao conhecimento perfeito.
Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, O Infinito na Palma da Mão, Editorial Noticias, 2001, pag. 134
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