Que se calou tão de repente braço,
disperso e largo de brasil distante?
Tão calado sou eu que o amordaço
e raspo a sua tinta galopante?
Será de punho e medo, ou só a ira
crescendo a fazer sombra sobre tudo?
Será agora o pombo, em que se insira
entre o correr um bico mudo?
- Ou será só não mais que um motivo
para andar mais depressa pelo meio
de estar presente e mosto, ausente e vivo,
e vir, depois de esperas e paleio,
beber água deveras neste esquivo,
porém terno e tremente, seio?
Pedro Tamen; "Principio de sol "; circulo de leitores
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1 comentário:
Muito belo este poema.
Abraço,
Manuel Taveira
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