Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar do sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Poesia, Eugénio de Andrade, Fundação Eugénio de Andrade, pag. 581
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Ver Claro
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2 comentários:
lindo!
lindo!Amo-te!
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